Ex-perita do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) e professora, Gisele Barreto (Foto: Reprodução)

“Fui dopada dentro de um Uber”, denuncia perita e professora de Manaus

Policial

Segundo, Gisele Barreto, crime possui caracteristicas do chamado “golpe do cheiro”. Ela conseguiu fugir do motorista por aplicativo e registrou um boletim de ocorrência

“Fui dopada dentro de um Uber e ainda estou traumatizada”, afirmou nesta sexta-feira (19), a ex-perita do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) e professora, Gisele Barreto, conhecida como Gigi. O desabafo aconteceu, por meio de um canal no Youtube, onde a mesma fala sobre investigações reais e casos de perícia.”Eu estava internada desde a última quinta-feira, 11 de abril e só saí ontem (quinta-feira- 18). Eu nunca imaginei que isso iria ocorrer comigo, pois aqui na cidade onde eu moro em Manaus, as ocorrências não são grandes como desse tipo” disse a youtuber.

Segundo Gigi Barreto, existe um grupo que se infiltrou na plataforma, com perfis falsos, onde o rosto da pessoa que está dirigindo é parecido com o condutor de aplicativo. Ainda de acordo com a vítima, o motorista tinha poucas viagens na plataforma.

“Existe um cheiro diferente que irritou minhas mucosas e meus olhos. Acreditamos que não foi de modo inalatório, mas sim, por contato, o que ocorreu nesse caso comigo. Algo que foi passado na porta ou no banco”, afirmou a vítima.

O caso

De acordo com Barreto, com três minutos de viagem, a mesma começou a sentir um certo incômodo nas narinas e nos olhos, além dos sintomas de ansiedade (coração acelerado, respiração dificultosa). “Coloquei o rosto para fora e na hora liguei para uma amiga que é policial. Ao chegar próximo do meu destino eu desci antes, ele baixou o vidro e continuou me seguindo”, explicou a vítima, que foi socorrida e levada até uma unidade de saúde.
 
Polícia

Conforme informações da polícia, um registro foi realizado em uma delegacia, que não teve o nome divulgado. O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM).
 
Nota da Uber

Até onde temos conhecimento, todas as denúncias sobre o chamado “golpe do cheiro” relativas a viagens no aplicativo da Uber que já tiveram a investigação concluída pela Polícia Civil, foram arquivadas, já que, de acordo com as investigações, não houve a identificação de elementos que comprovem o uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor.

A Uber inclusive abordou o assunto recentemente no segundo episódio do Uber Cast e também participou de uma mesa de discussão sobre o tema com especialistas, debatendo o aumento da sensação de insegurança das mulheres criada pela reverberação de denúncias, muitas surgidas nas redes sociais e até repercutidas pela imprensa sem o acompanhamento sobre a condução dos inquéritos e a ausência de elementos de prática de crime.

Fonte: Thiago Monteiro/Acrítica.

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