Sindicatos ameaçam ir à justiça para suspender retorno às aulas em vários estados do Brasil

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Sindicatos que defendem professores e educadores em diversos estados do Brasil estão ameaçando ingressar na justiça para que os decretos dos governadores sejam suspensos até que todos os alunos sejam vacinados da educação infantil até o ensino médio. Devemos reconhecer que não dá mais para prorrogar os prejuízos causados por tanto tempo sem aulas. Milhões de alunos praticamente desistiram de estudar online e milhares de escolas terão de voltar à estaca zero a março de 2020 (início da pandemia).
Campanha do Sindicato dos Professores do Paraná contra o retorno às aulas a partir de agosto por determinação de decreto.
Professores e educadores (funcionários que atuam nas escolas, porém, não lecionam), que estão defendendo a vacinação completa, ou seja, todos os alunos dos ensinos pré-escolar, educação infantil, fundamental e médio para que as aulas sejam retomadas fisicamente, precisam compreender que não há mais espaço para os prejuízos causados ao público final da educação, os alunos que estão mais sentindo na pele, literalmente.
Os sindicatos ameaçam ingressar na justiça para suspender os decretos de governadores e prefeitos que determinaram nos últimos dias, o retorno às aulas a partir de agosto. Lembro-me que esses mesmos sindicatos reivindicaram que os professores e educadores fossem vacinados à frente de outros grupos. Os governadores e prefeitos acataram os pedidos e os professores bem como os educadores se enquadraram no grupo prioritário alegando que as aulas só poderiam retornar se fossem todos vacinados (professores e educadores das escolas). Assim está sendo feito, inclusive com antecipação da segunda dose para o grupo dos professores e educadores de todo o país, com a autorização dada por gestores das secretarias de saúde e vigilância sanitária.


O Governo de São Paulo foi o primeiro a lançar um plano de retorno às aulas das escolas do estado.
Agora, os sindicatos precisam entender que a maioria esmagadora dos alunos das escolas do Brasil, principalmente as públicas, tiveram muito prejuízo. Tem aluno que ainda não sabe ler e escrever e está matriculado no ensino fundamental. Tem alunos que praticamente estacionou desde 2019, pois, quando as aulas estavam retornando em 2020 a pandemia explodiu e as aulas das escolas do Brasil foram suspensas desde março de 2020.
Não dá mais para aguentar. Simples assim. A maioria das escolas públicas do Brasil vão ter de começar do zero, de onde parou antes da pandemia. Esperar que todos os alunos sejam vacinados não tem condições até porque o mote para a vacinação são os professores e educadores
Em Rondônia.


Em Rondônia foi instituída uma Frente Sindical que atuará em defesa do retorno condicionado à imunização completa dos trabalhadores e trabalhadoras com aplicação da 2ª dose ou dose única das vacinas, respeitando os prazos determinados entre uma dose e outra e, também, com tamanha atenção aos protocolos sanitários rígidos nas escolas, conforme orientações dos órgãos e especialistas em saúde.

Fonte: Jornalista Victoria Angelo Bacon