Após 14 anos de dedicação à modalidade, Yuri alcança o sonho de todo triatleta: cruzar a linha de chegada do Ironman
“Um sonho realizado!”, disse a triatleta do Amazonas, Yuri Sasai, que completou o seu primeiro Ironman, com o tempo total de 12:17:55, após jornada vitoriosa de 14 anos no esporte. A prova foi realizada em Frankfurt, na Alemanha, no último domingo (29).
Yuri tem histórico de participações e títulos em provas nacionais e internacionais, incluindo Mundiais de Triathlon e de Ironman 70.3 (metade da distância do Ironman), mas nunca tinha feito a prova completa do “Iron”, com o desafio de superar 3.8km de natação, 180km de ciclismo e 42,2km de corrida.
“Que experiência única! Prova dura. Curti, sofri, sorri e chorei”, disse a triatleta, que treina na equipe Márcio Soares Sports, desde o seu início no triathlon, e também treina a modalidade natação, com Yves Simões.
Sonho realizado
Para Yuri, completar o Ironman era um sonho muito distante, mas agora ele se tornou realidade.
“Essa prova sempre pareceu algo distante da minha realidade. Achava que era preciso treinar demais, algo quase inacessível para mim, mas provei a mim mesma o contrário”, disse Yuri, orgulhosa do feito grandioso para todo triatleta.
Para seu treinador, Márcio Soares, a decisão de Yuri de fazer a prova somente agora foi acertada.
“A Yuri é uma atleta experiente, gosta de se preparar bem para uma prova. Sendo o Ironman uma prova muito difícil e cujo treinamento requer um grande volume de treino, aguardou o momento certo para poder treinar e descansar o suficiente para participar”, explicou o treinador.
Ela revelou que treinou cerca de quatro meses especificamente para a prova, três ou quatro horas diárias de treino, em média, chegando até cinco ou seis horas, em treinos específicos, como os longos de bike.
Yuri disse também que, como estava calor intenso, o uso de roupa de borracha foi proibido na natação, “o que tornou tudo ainda mais desafiador”.
E acrescentou que após o quilômetro 20 da corrida, perdeu algumas posições na classificação da sua faixa etária, finalizando em 9⁰, a uma posição de conquistar vaga para o Mundial de Ironman, em Kona, porém cruzou sorrindo a linha de chegada.
E considerou a prova “dura”, como se espera de um Ironman. Mas, também, um feito que guardará na sua história.
“Foi um marco na minha vida. Alguns anos de treino com muita dedicação, consistência e determinação. Aprendi que, mesmo quando achamos que o corpo não aguenta mais, ele é capaz de ir muito além. Basta querer!”, finalizou.
Fonte: Jéssica Santos/Acrítica