O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,9% da estimativa da produção

Safra brasileira de 2025 têm previsão de 323,8 milhões de toneladas

Agricultura

Houve acréscimos na produção de 1,8% para o algodão, de 9,0% para o arroz, 9,6% para o feijão e de 13,4% para a soja, segundo o IBGE

Em fevereiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 323,8 milhões de toneladas, 10,6% maior que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas) com aumento de 31,1 milhões de toneladas, e 0,5% abaixo da informada em janeiro, com queda de 1,6 milhão de toneladas, conforme previsão do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A área a ser colhida foi de 81,0 milhões de hectares, acréscimo de 2,4% frente à área colhida em 2024, com aumento de 1,9 milhão de hectares, e acréscimo de 28.921 hectares em relação a janeiro. De acordo com o Progresso de Safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a soja já tem pouco mais de 60% da área colhida nas principais regiões do Brasil.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,5% da área a ser colhida.

Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 3,2% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 7,1% na do arroz em casca, de 0,3% na do feijão, de 2,8% na da soja, de 2,2% na do milho (declínio de 1,4% no milho 1ª safra e crescimento de 3,2% no milho 2ª safra); e de 1,3% na do sorgo, ocorrendo declínio de 2,5% na do trigo.

Em relação à produção, houve acréscimos de 1,8% para o algodão herbáceo (em caroço); de 9,0% para o arroz; de 9,6% para o feijão; de 13,4% para a soja; de 8,8% para o milho (crescimento de 10,3% para o milho 1ª safra e de 8,4% para o milho 2ª safra); de 3,7% para o sorgo, bem como decréscimo de 3,8% para o trigo.

A estimativa de fevereiro para a soja foi de 164,4 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 124,8 milhões de toneladas (25,3 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 99,5 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 11,5 milhões de toneladas; a do trigo em 7,2 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas; e a do sorgo em 4,1 milhões de toneladas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as Regiões Centro-Oeste (10,7%), Sul (11,7%), Sudeste (12,1%), Nordeste (10,2%) e Norte (3,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Nordeste (0,3%), a Sudeste (1,2%) e a Centro-Oeste (0,6%), enquanto a Região Norte (-0,1%) e a Sul (-3,2%) apresentaram declínios.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,8%, seguido pelo Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,4%), Sul (27,0%), Sudeste (9,0%), Nordeste (8,8%) e Norte (5,8%).

Destaques na estimativa de fevereiro de 2025 em relação ao mês anterior

Em relação a janeiro, houve aumentos nas estimativas da produção do café canephora (1,5% ou 15 482 t), da aveia (1,2% ou 12 300 t), do arroz (0,7% ou 81 765 t), do milho 2ª safra (0,6% ou 579 011 t), da batata 2ª safra (0,3% ou 4 069 t) e do milho 1ª safra (0,2% ou 60 279 t),

Porém, declínios nas estimativas da produção da batata 1ª safra (-4,8% ou -100 154 t), do feijão 1ª safra (-1,9% ou 23 577 t), da uva (-1,7% ou -34 385 t), do sorgo (-1,6% ou -67 695 t), da soja (-1,3% ou -2 174 276 t), do feijão 2ª safra (-1,1% ou -15 292 t), do trigo (-0,6% ou -40 255 t), do feijão 3ª safra (-0,3% ou -2 090 t), da batata 3ª safra (-0,1% ou -735 t), do café arábica (-0,1% ou -1 426 t) e da cevada (-0,0% ou -100 t).

As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (940 856 t), em Minas Gerais (341 149 t), no Paraná (284 300 t), na Bahia (76 400 t), no Maranhão (15 655 t), no Tocantins (4 521 t), em Pernambuco (4 018 t), no Amapá (835 t) e no Piauí (253 t), enquanto as variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-3 214 922 t), em Rondônia (-26 497 t), em Alagoas (-771 t) e no Rio de Janeiro (-265 t).

Café

A produção brasileira, considerando-se as duas espécies, arábica e canephora, foi estimada em 3,2 milhões de toneladas, ou 52,8 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 0,4% em relação ao mês anterior, tendo o rendimento médio aumentado nesse mesmo valor.

Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,1 milhões de toneladas ou 34,9 milhões de sacas de 60 kg, declínios de 0,1% em relação ao mês anterior e de 12,8% em relação ao volume produzido em 2024.

Para a safra de 2025, aguarda-se uma bienalidade negativa, ou seja, um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da espécie, em que nos anos pares tende-se a produzir mais, sacrificando a produção do ano seguinte, em decorrência de um maior exaurimento das plantas.

Para o café canephora, a estimativa da produção foi de 1,1 milhão de toneladas ou 17,9 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 1,5% em relação ao mês anterior e de 4,9% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 1,0% na área a ser colhida e de 3,9% no rendimento médio.

Soja

Mesmo com a revisão mensal de 2,2 milhões toneladas a menos, reflexo, principalmente, das perdas registradas no Rio Grande do Sul, a produção nacional da oleaginosa deve alcançar novo recorde na série histórica, com 164,4 milhões de toneladas em 2025, um aumento de 13,4% em comparação à quantidade obtida no ano anterior.

Milho

A estimativa da produção do milho foi de 124,8 milhões de toneladas, crescimentos de 0,5% em relação ao mês anterior e de 8,8% em relação ao volume produzido em 2024. A área a ser colhida apresenta aumento de 2,2%, assim como o rendimento médio, com crescimento de 6,5% nesse comparativo, devendo alcançar 5.720 kg/ha. Em 2024, a produção do cereal foi afetada por problemas climáticos em diversas Unidades da Federação produtoras, devendo recuperar-se em 2025.

O milho 1ª safra apresentou uma estimativa de produção de 25,3 milhões de toneladas, aumentos de 0,2% em relação a janeiro e de 10,3% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024. A área plantada, na safra corrente, deve cair 2,6%, enquanto o rendimento deve crescer 11,9%, em decorrência do clima que tem beneficiado as lavouras na maioria das Unidades da Federação produtoras.

A produção do milho 2ª safra apresentou crescimentos de 0,6% em relação ao mês anterior e de 8,4% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024. O Mato Grosso, Unidade da Federação com maior participação nacional na produção do milho 2ª safra, com 46,0% do total, estimou uma produção de 45,8 milhões de toneladas, declínio de 3,7% em relação ao volume produzido em 2024.

Nesse comparativo, a área plantada cresceu 2,8%, havendo declínio de 6,4% no rendimento médio. O Estado vem recebendo bons volumes de chuvas, o que tem possibilitado o aumento do potencial produtivo inicialmente estimado. Em Minas Gerais, a estimativa está crescendo 5,4% em relação ao mês anterior, em decorrência do rendimento médio que aumentou 5,8%.

Arroz (em casca)

A estimativa para a produção de arroz foi de 11,5 milhões de toneladas, crescimento de 0,7% em relação à estimativa do mês anterior e de 9,0% em relação à safra 2024, com aumento de 7,1% na área a ser colhida e de 1,8% na produtividade.

Os preços e a rentabilidade da cultura encontravam-se atrativos para o produtor, incentivando o aumento da área na época do plantio. O aumento das áreas de arroz, é um fator importante para o País, pois há alguns anos, a cultura vem perdendo espaço para lavouras mais rentáveis como a soja e o milho.

Cereais de Inverno

Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. Para o trigo (em grão), a produção estimada alcançou 7,2 milhões de toneladas, declínios de 0,6% em relação ao mês anterior e de 3,8% em relação a 2024. Nos últimos anos, o clima na Região Sul não vem beneficiando as lavouras de inverno. A Região Sul deve responder por 84,0% da produção tritícola nacional em 2025.

Os maiores produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 852,6 mil toneladas, crescimento de 5,4% em relação ao volume colhido em 2024, com aumentos de 2,6% na área a ser colhida é de 2,7% no rendimento médio; e Paraná, com 179,3 mil toneladas, aumento de 7,4% em relação a janeiro e de 7,7% em relação a 2024.

Para a cevada (em grão), a produção estimada foi de 418,7 mil toneladas, aumento de 0,6% em relação ao volume produzido em 2024. A área plantada apresenta um aumento de 1.6%, enquanto o rendimento médio declinou 1,0% nesse último comparativo.

Os maiores produtores da cevada são o Paraná, com 296,1 mil toneladas, crescimento de 3,1% em relação a 2024, devendo participar com 70,7% na safra brasileira de 2025, e o Rio Grande do Sul, com uma produção de 102,9 mil toneladas, decréscimo de 5,7% em relação ao volume produzido em 2024. A produção gaúcha deve representar 24,6% do total da cevada produzida em 2025 pelo País.

Feijão

Fonte: Redação RuralNews

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